domingo, 22 de maio de 2011

MOMENTO POÉTICO

Sem alma nem prego



E tudo isso se esvai...
Pra onde eu não sei!
E por que haveria de saber?
Quando foi que assumi essa obrigação?
Ah! Lembrei!
Pactuei com meus demônios quando estes me convenceram da minha vitimidade.
Quando me convenci que só me amariam assim: quando eu soubesse, salvasse...
lutasse, assumisse, denunciasse, discutisse, protegesse, cuidasse, amasse...
asses, esses, isses...
Mas até entender que amor não é merecimento...
Que tudo que eu aprendi se resumia a defesa e controle.
Minha mentira que eu não via como minha me trouxe aqui.
Ao menos agora me vejo nú,
sem alma nem prego,
porque tudo aqui se esvai...

Andreas Lux