sábado, 11 de julho de 2009

2º Artigo

Tema:
SOLIDÃO




INTRODUÇÃO

Antes de tudo gostaria de delimitar bem o tema deste artigo, por ser um tema bastante complexo e por achar inapropriado afirmar que ele versará sobre a solidão sem antes contextualizá-lo historicamente e defini-lo. Pois não é minha intenção tentar abarcar todo o conceito desta condição em poucas palavras. Ressaltar também que, é um termo subjetivo, e pode ser ponderado filosoficamente, sociologicamente, economicamente, etc. Aqui adotarei uma postura nem um pouco neutra, pois irei escrever e expor aquilo que penso sobre, e as teorias que mais me agradam.

HISTORICIDADE

O termo “solitário” apareceu pela primeira vez na tragédia Coriolanus, Ato IV Cena 1, de William Shakespeare, escrita em 1608. Porém a solidão atrela-se à humanidade na sua origem, independente de crenças, e de quais teorias sobre a gênese humana adotemos, é inegável a coexistência, ou melhor, a coparticipação da solidão no surgimento da humanidade. Porém a solidão nos acompanha até hoje e se faz presente em poemas, músicas, filmes, livros, pinturas e em várias outras formas que o ser humano encontra para expressar-se e afirmar essa condição.

DEFINIÇÃO

A definição que adoto aqui, não é a mesma partilhada pelo senso comum, que afirma a solidão como sentimento de profundo sofrimento. Eu creio na solidão como condição humana, aquele estado comungado por todos e que desperta no homem as mais variadas reações. Assim quando nos “sentimos” solitários estamos nos dando conta da nossa condição. Logo o que faz sofrer não é a solidão em si, mas sim o perceber-se só, o encontrar-se nesta condição.

"Estar só é falar por si mesmo, é não ter diante de si, nem atrás de si, algo que lhe ampare, que lhe sustente; é não representar ou ser representado por algo. Rejeição é repulsa, desaprovação. Estar só não implica em rejeição e esta não leva necessariamente à solidão" – Jean-Paul Sartre

A dor que pode surgir durante esse processo de descobrir-se só pode gerar grandes problemas se o indivíduo que se depara com sua condição ainda não tem uma estrutura egóica suficientemente estruturada para lidar com o seu eu só. Mas quero deixar claro que não considero essa condição, uma maldição ou castigo, nem nada do tipo. Pois se pararmos para nos perceber, veremos que juntamente com a solidão está a autonomia em afirmar-se só, falar por si mesmo e assumir a sua existência idiossincrática. Gosto muito do conceito winnicottiano que fala que a mãe suficientemente boa precisa quebra a sensação de onipotência do bebê, frustrando-o, mas considero que o elemento chave deste momento não está na mãe que frustra o bebê, e sim no bebê que se percebe só diante do rompimento da onipotência.

CONCLUSÃO

Não tenho a presunção de inferir algum juízo de valor sobre a solidão, de forma alguma! Acredito que ela nos constitui independente de qual prisma a contemplamos, se acreditamos nela como sentimento ou como condição, o fato é: ela é inerente a existência humana. E acredito que só podemos atingir um nível superior de autoconhecimento se começarmos a nos confrontar com essa parte de nós, que no cotidianamente fazemos questão de ignorar, claro que, paulatinamente, e dentro dos limites de cada um.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Próximo artigo


Gente ao que tudo indica o próximo artigo vai ser sobre solidão, vou começar a pesquisa para postar aqui. E queria agradecer ao meu amigo Wagner que indicou o tema... Tema que vai ser bem, como posso descrever... Profundo e dolente, espero que gostem!

1º Artigo


Tema:

ESTRESSE

Bom, esse é um tema muito explorado e, ao mesmo tempo, muito mal interpretado. O estresse é uma reação natural do organismo aos diversos estímulos que sofremos sejam eles externos ou internos.

- Entendendo melhor -

Diante de uma situação de perigo, o nosso corpo libera adrenalina e noradrenalina, que aceleram os batimentos cardíacos, intensificam a respiração e mobilizam o metabolismo do corpo para reunir energia. Essa reação mantém o corpo alerta e num estado conhecido como fight or flight (lutar ou fugir). Essa reação é extremamente necessária para a nossa sobrevivência e é neste ponto que o estresse é positivo, pois ele contribui para nossa adaptação às situações adversas. Esse é o estresse agudo, que é saudável e de curto prazo. Porém, se ocorrer uma situação em que um estímulo estressor permaneça por muito tempo, o nosso organismo começará a dar respostas diferentes, as glândulas supra-renais serão ativadas e se dará início a liberação de cortisol. Este hormônio se diferencia da adrenalina e noradrenalina porque, ao contrário delas, ele não reduz a sua taxa no sangue depois da situação de perigo. O cortisol aumenta a pressão arterial e o açúcar do sangue, além de suprimir o sistema imunológico. Este é o estresse crônico que afeta de uma forma muito abrupta a qualidade de vida das pessoas e que é tão falado.

Estímulos estressores: Dores físicas, ansiedade, poluição sonora, fatores emocionais, pressão psicológica, insônia e rotina demasiadamente desregular (quebra nos horários de alimentação, sono, atividades físicas, etc.).

- Coping -

É a forma que as pessoas encontram para reagir ao estresse. Primeiramente precisamos ter consciência de duas coisas: se nós estamos estressados a melhora ou não do nosso estado depende exclusivamente de nós mesmos, logo, não adianta procurar especialistas, psicólogos, psiquiatras e afins se não houver uma mobilização pessoal para a melhora e se o fator estressor não pode ser cessado temos que aprender a lidar com tal fator, resignificar a forma e o impacto que ele tem em nossas vidas.

Dentre as muitas formas de coping se destacam: exercícios, alimentação balanceada, a prática de técnicas de relaxamento, artes, leituras assim como todas as manifestações que propiciam aos indivíduos a liberação de suas energias libidinais.


Entrevista parte 1

Entrevista parte 2

Construção


O meu desejo é que este blog se torne um espaço de compartilhamento, crescimento e elaboração de opiniões a respeito de vários assuntos. O título deste post é construção porque aqui nada vem pronto, nada é certo ou errado, tudo está em constante construção. Aqui eu vou colocar artigos sobre diversos temas em discussão e claro, quero a opinião de todos que por ventura visitem o blog.

"Tolerância, respeito, ética, conhecimento, bom humor e simpatia são bases para a construção de relacionamentos eficazes".

- Carlos Roberto Sabbi -